Muito se tem falado sobre gestão de pessoas e sua importância em todos os aspectos. Mas vamos dar nossa opinião no âmbito administrativo que é o foco e expertise da Prospeto ao longo destes últimos vinte anos.
A gestão de pessoas veio com intuito de criar um ambiente mais agradável na relação entre as empresas e os profissionais que são contratados para desempenhar um determinado papel dentro da estrutura com foco em resultados.
O que se percebe é que há um viés de aumento nos ruídos de comunicação nas relações de trabalho, baixa concentração, baixo envolvimento no desempenho do papel atribuído ao profissional, retrabalho e produções inadequadas que impactam diretamente nos resultados financeiros da empresa. Isso sem falar no afastamento dos colaboradores por doença ou por demais motivos…
Um dos indícios que pode criar estas situações, apesar de não serem genéricas, mas impactante nos resultados desejados, pode ser a possibilidade da devida observância do conceito Behaviorista que somos informados na formação acadêmica. Não vamos entrar no cerne do conceito, porém vamos abrir uma questão. Percebe-se que no processo de desenvolvimento do ser humano em sua formação primária, o conceito Behaviorista apresenta-se fundamentalmente na construção dos valores sociológicos de um indivíduo. Porém qual é a possibilidade de resultados num individuo adiantado nesta construção? Ou seja, adulto.
Partindo do princípio básico do Behaviorismo “O condicionamento operante” (por vezes referido como condicionamento instrumental) é um método de aprendizado que ocorre através de recompensas e punições para o comportamento. Através de condicionamento operante, uma associação é feita entre um comportamento e uma consequência para esse comportamento”. Baseado neste conceito continua-se contratando promovendo e desenvolvendo os profissionais norteados apenas pelo seu currículo ou experiência, sem investigar se este profissional tem ou não o perfil adequado para o desempenho da atividade desejada pela empresa contratante ou se a cultura organizacional do contratante está compatível ao perfil do profissional.
Outro aspecto observado é o superdimensionamento das atribuições comportamentais. Os lideres desejam um super-homem ou uma mulher maravilha, e o que é mais interessante, parecido com eles, porém para realizar um trabalho que os mesmos não têm prazer em realizar.
A proposta do processo de gestão de pessoas vai muito mais além. Gerir pessoas passa obrigatoriamente pelo processo de envolvimento e compreensão de todas as lideranças da organização ou empresa, com a participação do departamento de recursos humanos que deve ser composto por profissionais competentes e conscientes do seu papel estratégico na geração de resultados.
As empresas e organizações precisam entender que o ser humano produz, relaciona e se desenvolve melhor quando estas ações geram prazer. Para isto é necessário uma introspecção das práticas utilizadas até o presente momento.
Provavelmente vão perceber o quanto se perde de dinheiro e tempo por não investir nas ferramentas e práticas mais eficazes que poderão auxiliar o departamento de Recursos Humanos a diminuí radicalmente o viés citado no início deste artigo.
Nem a melhor, nem a mais rica empresa, nem tão pouco as organizações públicas, podem ser bem sucedidas sem a harmonia dos 80% de participação humana nos resultados organizacionais.