Chá é uma bebida que pelos relatos históricos teve o início de sua utilização por volta de 2.737 a.C., pelo imperador chinês Shen Nong e tem três ingredientes em sua formulação que são; água quente, erva e o propósito. A utilização e importância destes três ingredientes irá depender de qual resultado a pessoa quer obter.
Já o C.H.A – Conhecimento, Habilidade e Atitude é uma metodologia que surgiu nos últimos anos com o intuito de avaliar um profissional dentro do contexto organizacional. Este modelo de avaliação tem objetivo de simplificar a identificação das competências dos colaboradores de uma empresa na tentativa de eliminar a subjetividade.
Os três pilares da terminologia precisam estar sempre conectados, porém, para ter a devida identificação e avaliação é necessário que se tenha uma visão separada dos mesmos.
Conhecimento é um processo de construção que começa desde o nascimento de uma pessoa e a da sua condição sociológica e é um fator de extrema importância, pois os ingredientes que foram disponibilizados neste convívio sociológico irão ser determinantes nos outros pilares do C.H.A.
O processo de construção do conhecimento passa por quatro ações, e só quando são completadas as quatro pode-se dizer que as pessoas têm conhecimento. As ações são:
1 – Querer aprender. Esta primeira ação está condicionada aos valores sociológicos onde a pessoa é obrigada a frequentar a escola, depois quando esta pessoa percebe que a ausência de conhecimento poderá interferir diretamente na sua condição de sobrevivência.
2 – Aprender. Está relacionado quando a pessoa consegue fazer conexões e contextualizações, organizando e atribuindo significado aos conhecimentos adquiridos.
Nesta fase de aprendizagem é importante que o responsável por repassar conhecimento construa e incorpore estratégias para que o aprendiz retenha as informações obtidas e avalie se a pessoa é capaz de utilizar o conhecimento para solucionar problemas diversos, com grau de complexidade de acordo com a faixa etária e o segmento de ensino, seja no âmbito das instituições formais de ensino ou das empresas.
A avaliação é a única prova de conhecimento específico, ou seja, não existe outra ferramenta que consiga realizar a identificação do conhecimento sem subjetividade.
3 – Praticar o que aprendeu ou apreendeu ou “Metacognição”. É o processo de dominar sua condição cognitiva, utilizando estratégias diversas para dar conta da própria aprendizagem na execução de uma ação ou trabalho.
Assim ser capaz de entender e avaliar o conhecimento construído e agregar mais conhecimento. Para avaliar esta terceira fase tem-se duas situações que é mensurar o resultado da ação ou o acompanhamento e a observação da ação desenvolvida, e mais uma vez, não existe outra ferramenta que consiga realizar a identificação de conhecimento sem subjetividade.
4 – Compartilhar o que aprendeu. Ao compartilhar informações e construir coletivamente o conhecimento o aprendiz consolida e evolui a aprendizagem, proporcionando sua auto avaliação e se este conhecimento está alinhado da maneira adequada a sua proposição inicial.
Cumpridas as quatros ações, pode se dizer que a pessoa tem conhecimento.
Habilidade revela a capacidade de uma pessoa no desenvolvimento de uma ação ou função, com um determinado nível de destreza específica ao seu conhecimento adquirido, nas ações três e quatro da consolidação do mesmo “conhecimento”.

Temos também a habilidade social que é a aptidão de uma pessoa para interagir socialmente com outras pessoas e são características essenciais para todos aqueles que estão inseridos em uma sociedade. Estes valores estão diretamente ligados ao contexto sociológico em que a pessoa evoluiu.
Atitude é uma norma de procedimento que leva uma pessoa a um determinado comportamento na busca da concretização de uma intenção ou propósito.

Atitude é comportamento habitual que se verifica em circunstâncias diferentes. As atitudes estão diretamente ligadas a construção sociológica de cada indivíduo e é onde estão estabelecidos a estrutura de percepção e reação cerebral e também os seus valores e crenças.
A atitude é construída através da percepção da pessoa do que é prazeroso “PRAZER” ou não prazeroso “DOR”, assim como sentimentos percebidos a seu respeito nas suas relações e o grau de atração ou de rejeição que ela tem.
Esta percepção e sentimentos, contribui para determinar uma variedade de comportamentos em relação a um objeto ou a uma classe de objetos, e a possibilidade de se manter constantemente uma percepção do “PRAZER” são consideradas favoráveis ao equilíbrio do indivíduo e ao seu desenvolvimento social e profissional.
Com base na sociologia, atitude consiste em uma construção de percepções e reações que dura do zero aos sete anos, que se faz através da representação dos adultos referenciais, e após esta representação este individuo constrói uma programação cerebral baseada no “PRAZER” e “DOR” agregando o prazeroso e abandonando o não prazeroso incluindo, também, um conjunto de valores e crenças.
A validação é desenvolvida dos sete aos quatorze anos, após este período o indivíduo se predispõe a perceber e reagir de uma determinada forma perante aos estímulos externos.
Para identificar a predisposição de uma pessoa nas suas atitudes, entra um ingrediente fundamental no “CHA” que é o “DISC”. Esta formulação desenvolvida pelo Sr. William Moulton Marston, publicadas em seu livro Emotions of Normal People em 1928 tem como finalidade identificar a estrutura de percepção de uma pessoa e somente isto.
A importância da aplicação do “DISC” irá depender de qual propósito ou resultado que a empresa quer obter de uma pessoa em relação a sua atitude frente ao trabalho ou função que exercerá, nunca em relação a identificação de suas “competências”
Portanto a importância da aplicação do DISC é enorme, pois a atitude é um ingrediente de extrema relevância no C.H.A. e a compatibilidade e correlação de seu resultado com o que é exigido no exercício das atividades de um cargo é de extremo valor para a produtividade do profissional.
Mas nunca será possível extrair dos resultados da aplicação do DISC, uma avaliação sobre os outros ingredientes do C.H.A, ou seja, dos conhecimentos e habilidades.

José Antônio Gordiano – Diretor da Prospeto Assessoria Empresarial e Profissional